“Coração na Boca” é uma minissérie documental biográfica sobre o chef Ljubomir Stanisic. Do homem que se tornou miúdo, e que viveu a guerra em Sarajevo, ao sonho que comanda a vida, mesmo depois de se passar pelo inferno. No 10.º episódio de “Na Realidade é Ficção”, Renato Godinho conversa com o chef Ljubomir Stanisic sobre o documentário “Coração na Boca”, produzido e realizado por Mónica Franco. Ouça o episódio na íntegra nas plataformas habituais de podcasts e através do link na bio do @jornalexpresso 📷 @nunofox/Expresso #podcast #narealidadeéficção #ljubomirstanisic #chef #portugal #guerra #sarajevo #minisserie #coraçãonaboca
“Coração na Boca” é uma minissérie documental biográfica sobre o chef Ljubomir Stanisic. Do homem que se tornou miúdo, e que viveu a guerra em Sarajevo, ao sonho que comanda a vida, mesmo depois de se passar pelo inferno. No 10.º episódio de “Na Realidade é Ficção”, Renato Godinho conversa com o chef Ljubomir Stanisic sobre o documentário “Coração na Boca”, produzido e realizado por Mónica Franco. Ouça o episódio na íntegra nas plataformas habituais de podcasts e através do link na bio do @jornalexpresso 📷 @nunofox/Expresso #podcast #narealidadeéficção #ljubomirstanisic #chef #portugal #guerra #sarajevo #minisserie #coraçãonaboca
Renato Godinho conversa com a atriz Bruna Quintas e a guionista e criadora Raquel Palermo, no novo episódio do podcast “Na Realidade é Ficção”. “Se me deres uma personagem trans, vou dizer que não quero fazer porque não é justo”, diz a atriz. Ouça o episódio na íntegra nas plataformas habituais de podcasts e através do link na bio do @jornalexpresso 📷 @nunofox/Expresso #brunaquintas #podcast #narealidadeéficção #renatogodinho #atriz
No episódio de estreia do podcast ‘Na Realidade é Ficção’, Renato Godinho modera uma animada conversa sobre os bastidores da série ‘Esperança’, com o realizador e co-argumentista Pedro Varela, o ator secundário Marco Paiva e o ator principal, que protagoniza na pele desta idosa um grande e exigente papel, César Mourão. Oiça o episódio nas plataformas habituais de podcast e no site do @jornalexpresso, em expresso.pt/podcasts 📷 SIC #podcast #cesarmourao #narealidadeeficção #esperança #series #renatogodinho #pedrovarela #marcopaiva
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Pais, professores, avós, irmãos, cuidadores, amigos: ouçam tudo, até ao fim. E depois façam.
Se ainda não teve oportunidade de ver a peça, Um Homem Inofensivo de Luís António Coelho, encenada por Álvaro Correia com Renato Godinho e Filipe Vargas, pode fazê-lo até dia 26 de Novembro de 2023, no Teatro Aberto. A peça cresce a partir de uma premissa irreal e, é um salto que o pública tem de fazer logo no princípio. Renato Godinho interpreta o personagem Renato, um homem perturbado, invejoso e vingativo, enquanto Filipe Vargas encarna Rui, uma personagem aparentemente quieta, de uma tranquilidade abusiva. A peça faz-se deste encontro entre duas pessoas, em sofrimento e principalmente sós. A A MAGAZINE falou com Renato Godinho e Filipe Vargas, que representarem durante mais ou menos uma hora, este jogo de atores, intenso e intimista. Por @susanajacobetty Fotografia @joaobettencourtbacelar Leia o artigo em www.amagazinept.org *** If you haven’t had the opportunity to see the play, Um Homem Inofensivo by Luís António Coelho, directed by Álvaro Correia with Renato Godinho and Filipe Vargas, you can do so until November 26, 2023, at Teatro Aberto. The play grows from an unreal premise and it is a leap that the audience has to make right from the beginning. Renato Godinho plays the character Renato, a disturbed, envious and vengeful man, while Filipe Vargas plays Rui, an apparently quiet character with abusive tranquility. The play is made up of this encounter between two people, in pain and mostly alone. A MAGAZINE spoke with Renato Godinho and Filipe Vargas, who played this intense and intimate game of actors for about an hour. By @susanajacobetty Photography @joaobettencourtbacelar Read the article at www.amagazinept.org #amagazinept #amagazine #teatroaberto #teatro #filipevargas #renatogodinho #ator #cultura
Se ainda não teve oportunidade de ver a peça, Um Homem Inofensivo de Luís António Coelho, encenada por Álvaro Correia com Renato Godinho e Filipe Vargas, pode fazê-lo até dia 26 de Novembro de 2023, no Teatro Aberto. A peça cresce a partir de uma premissa irreal e, é um salto que o pública tem de fazer logo no princípio. Renato Godinho interpreta o personagem Renato, um homem perturbado, invejoso e vingativo, enquanto Filipe Vargas encarna Rui, uma personagem aparentemente quieta, de uma tranquilidade abusiva. A peça faz-se deste encontro entre duas pessoas, em sofrimento e principalmente sós. A A MAGAZINE falou com Renato Godinho e Filipe Vargas, que representarem durante mais ou menos uma hora, este jogo de atores, intenso e intimista. Por @susanajacobetty Fotografia @joaobettencourtbacelar Leia o artigo em www.amagazinept.org *** If you haven’t had the opportunity to see the play, Um Homem Inofensivo by Luís António Coelho, directed by Álvaro Correia with Renato Godinho and Filipe Vargas, you can do so until November 26, 2023, at Teatro Aberto. The play grows from an unreal premise and it is a leap that the audience has to make right from the beginning. Renato Godinho plays the character Renato, a disturbed, envious and vengeful man, while Filipe Vargas plays Rui, an apparently quiet character with abusive tranquility. The play is made up of this encounter between two people, in pain and mostly alone. A MAGAZINE spoke with Renato Godinho and Filipe Vargas, who played this intense and intimate game of actors for about an hour. By @susanajacobetty Photography @joaobettencourtbacelar Read the article at www.amagazinept.org #amagazinept #amagazine #teatroaberto #teatro #filipevargas #renatogodinho #ator #cultura
O peso da verdade e como nos distanciamos dela. Quando se fala de tecnologia, há um tendência para misturar o potencial que ela oferece com os efeitos objectivos que resultam da sua utilização. Talvez o exemplo mais óbvio e dramático seja a dicotomia aproximação/distanciamento que ela proporciona/provoca. Mas há uma vítima mais profunda, mais silenciosa e indefesa, do avanço napoleónico da tecnologia – a verdade. A verdade é cada vez mais um conceito subjectivo. Factos e opiniões têm o mesmo valor, o impacto mediático sobrepõe-se ao esclarecimento objectivo e desinteressado, o algoritmo que nos alimenta com o que queremos ver e ouvir. Realismo não é o mesmo que realidade. O realismo que a tecnologia proporciona ao cinema (por exemplo) faz com que a discrepância entre um filme de guerra e uma reportagem de guerra seja praticamente nula. O resultado é uma inevitável dessensibilização em relação à realidade. A informação com que o nosso cérebro está a ser estimulado já não tem o mesmo impacto – nem visual, nem linguístico, nem situacional. A verosimilhança – um conceito ligado à ficção teatral desde a Grécia Antiga – consiste na capacidade de uma situação aparentar ser real para provocar uma identificação entre o espectador e a história encenada. Mas a verosimilhança tem hoje praticamente o mesmo peso do que a verdade. A inteligência artificial é o mais recente e poderoso expoente da tecnologia. E é também, provavelmente, a maior ameaça ao valor da verdade. Não vale a pena enumerar os diversos exemplos em que a desonestidade da autoria artificial substituiu a fragilidade da criação humana. Lembrar-nos-emos um dia de que essa fragilidade é um dos maiores tesouros da condição humana. É antigo este logro sobre a verdade: “Tu não queres a verdade. Tu queres que a verdade seja a tua verdade.” Mas estamos vertiginosamente a aproximar-nos de um mundo em que não haverá fact-checking que consiga acompanhar o ritmo das inúmeras realidades criadas ao arrepio daquilo que deveria ser transversal às múltiplas naturezas relacionais que nos ligam: a verdade. Imagem sintética, retirada do jornal “Público”. Não é uma fotografia.
Os ensaios de “A Senhora de Dubuque”, do célebre dramaturgo norte-americano Edward Albee, estão a decorrer. Este será o próximo espetáculo a ocupar a Sala Carmen Dolores, do Teatro da Trindade, com estreia nacional no dia 29 de fevereiro. Alberto Magassela, Álvaro Correia, que assina também a encenação, Benedita Pereira, Cucha Carvalheiro, Fernando Luís, Manuela Couto, Renato Godinho e Sandra Faleiro integram o elenco deste projeto, uma coprodução Teatro da Trindade INATEL e Culturproject. Os bilhetes já estão à venda! De Edward Albee Tradução João Paulo Esteves da Silva Encenação Álvaro Correia Com Alberto Magassela, Alvaro Correia, Benedita Pereira, Cucha Carvalheiro, Fernando Luís, Manuela Couto, Renato Godinho e Sandra Faleiro Cenografia e figurinos Nuno Carinhas Desenho de luz Manuel Abrantes Assistente de encenação Bruno Soares Nogueira Assistente de cenografia Henrique Pimentel Construção de cenário Buril Workshop Produção executiva Nuno Pratas Assessoria de imprensa Culurproject Mafalda Simões Produção Teatro da Trindade INATEL e Culturproject. Foto @adrianofilipe
The Morning Show Esta é uma cena de cama entre dois actores com mais de 50 anos de idade. Esta é uma série cujos actores têm todos mais de 40 anos (com uma excepção). É protagonizada por duas mulheres. Uma com 47 e outra com 54. É uma série que aborda de frente muitos dos temas fracturantes da sociedade ocidental: sexismo, assédio, racismo, independência jornalística, ética no trabalho, feminismo, etc. mas fá-lo de uma maneira estimulante, e não tendenciosa, ou moralista. Mostra-nos sempre mais do que um dos lados da história, confronta-nos com a hipocrisia de que todos acabamos por padecer, aqui ou ali. Mostra acima de tudo (na minha opinião) que é possível ser adulto a fazer, contando que haverá adultos a ver. É neste lugar que o entretenimento dá lugar à cultura. Ou que a cultura não cede ao entretenimento. Ou que ambos se deitam na cama e mostram que não são incompatíveis.
Carta aberta de um leigo à Humanidade: Muitas são as catástrofes e tragédias que assolam povos e indivíduos por todo o planeta. Normalmente é o mundo mediático que gere a consternação. Não desvalorizo o impacto que têm na sociedade as guerras, as injustiças sociais, as descriminações, a desigualdade, a corrupção, a polarização política ou o extremismo crescente, etc. Todas elas causas merecedoras de indignação e de “luta”. Mas este leigo interessado, tem a convicção profunda de que, enquanto nos focamos nas lutas diárias, nossas e dos outros, lutas que já têm rosto, corpo, nome, em que é fácil identificar o sujeito e o predicado, enquanto isso, continuamos a negligenciar aquela que será a maior das pandemias, a endemia que não acabará nunca, e que será cada vez mais a fonte de todas essas lutas que ocupam (e bem!) a nossa atenção – A SAÚDE MENTAL. Condenamos (e bem!) as atrocidades que se cometem no Médio Oriente, na Europa de Leste, em África, mas enquanto rangemos os dentes por conflitos longínquos sobre os quais não temos qualquer poder de influência, negligenciamos a origem de (quase) todos os males que vivem ao nosso lado, e muitas vezes em nós, e que deveria ser uma das principais prioridades. A SAÚDE MENTAL. Um tabu, um ramo da saúde ainda visto como um capricho. Não me apetece nada ser papista, mas enquanto não encararmos a SAÚDE MENTAL como o grande, o maior, dos desafios da Humanidade, o mundo não será um lugar melhor.
Ontem foi o último final de uma semana repleta de finais. Este, não dramático, nem sequer triste, mas com uma sensação de que o que ficou para trás foi muito especial. Álvaro, Bruno, Constança, Febra (☺️), Guilherme, Alberto, Janaína, Célia, Neuza, André, Vitória, Luís António, a todos um obrigado, com todos foi um gosto muito grande viver este projecto. Mas o meu Filipe… descobriu-se um amor. Aprendi que o amor nasce na semelhança, mas constrói-se na diferença. Sim, somos muito diferentes, muito. Mas no essencial, queremos o mesmo, valorizamos o mesmo, e fomos um para o outro aquilo que o Teatro deve ser para o mundo: estímulo, desafio, apaziguamento, inquietação. Já não fugimos um do outro. Gosto muito de ti.
Para onde vai o Amor, quando morremos? Fica cá, nas pessoas que Amámos. Despediu-se forrado a flores e aplausos, encharcado por lágrimas desamparadas dos que sentem que perderam um pai, mas que mais não podia ser do que um filho. Um menino que Amava o palco, como ninguém. Infantil até ao fim. Não me parece um final feliz. Uma caixa. Escura. Soterrada. Sem ponto de luz. Nada. Deixou-se todo em nós. Nos incontáveis que por ele foram tocados, até os que para isso pagaram bilhete. Ali jaz um corpo que albergou um ser iluminado pelo Amor ao Teatro, que através dele, amava muitos e muitas. Não se confina em matéria biológica um Homem assim. Por isso, ali jaz uma cápsula inútil. O Amor perdurará. Nunca ninguém Amou assim, num palco. Fomos muitos nestes dias para suportar o tamanho desse Amor. Esta não é uma cadeira gasta. É uma cadeira Amada. Os braços empurravam-no para que o corpo fosse esculpir mais um actor, mais um momento. Ele já volta. Falta-me. Carlos. O Homem-Teatro.
Para onde vai o Amor, quando morremos? Fica cá, nas pessoas que Amámos. Despediu-se forrado a flores e aplausos, encharcado por lágrimas desamparadas dos que sentem que perderam um pai, mas que mais não podia ser do que um filho. Um menino que Amava o palco, como ninguém. Infantil até ao fim. Não me parece um final feliz. Uma caixa. Escura. Soterrada. Sem ponto de luz. Nada. Deixou-se todo em nós. Nos incontáveis que por ele foram tocados, até os que para isso pagaram bilhete. Ali jaz um corpo que albergou um ser iluminado pelo Amor ao Teatro, que através dele, amava muitos e muitas. Não se confina em matéria biológica um Homem assim. Por isso, ali jaz uma cápsula inútil. O Amor perdurará. Nunca ninguém Amou assim, num palco. Fomos muitos nestes dias para suportar o tamanho desse Amor. Esta não é uma cadeira gasta. É uma cadeira Amada. Os braços empurravam-no para que o corpo fosse esculpir mais um actor, mais um momento. Ele já volta. Falta-me. Carlos. O Homem-Teatro.
A partir desta sexta-feira, dia 24, ficará disponível em todas as plataformas de podcasts, bem como nos sites da @sicoficial e do @jornalexpresso , o podcast “Na Realidade é Ficção”. Um podcast sobre a plataforma de streaming da Sic – a @opto.sic “Na Realidade é Ficção” será um espaço de tertúlia com os protagonistas dos conteúdos disponíveis na OPTO. Um podcast que pretende aproximar os espectadores do modus como as séries, os filmes, os documentários – e outros formatos – são feitos. No primeiro episódio conversei com os actores César Mourão e Marco Paiva, e com o realizador Pedro Varela. Uma conversa muito divertida e interessante sobre uma série especial: “Esperança”. Resta só agradecer ao Daniel Oliveira pelo convite, à Joana Beleza pela coordenação e ao Gustavo Carvalho pela produção e sonoplastia. Espero que gostem.
Completam-se hoje 58 anos de vida da Companhia de Teatro mais antiga do país, ainda em actividade. O Teatro Experimental de Cascais é uma referência incontornável na história do Teatro português, rampa de lançamento de inúmeras actrizes e actores, palco onde muitos artistas de várias áreas deram o seu contributo para que o Teatro existisse em Cascais, fora da centralona Lisboa. 58 anos que se devem, fundamentalmente a dois homens: Carlos Avilez e João Vasco. Os dois são os mais relevantes responsáveis pela existência no concelho de Cascais, de uma Companhia de Teatro, de uma Escola de Teatro e de uma Espaço Memória/Museu, onde é comovente perceber o percurso artístico da Companhia. Companhia que levou o nome de Cascais aos 4 cantos do mundo. Importa sublinhar que no assunto em questão, é inútil mergulhar na subjectividade do gosto. O que é imperativo é respeitar a objectividade do percurso, da história, da dedicação, que antecedem em muito as carreiras políticas e até, muitas vezes, a própria existência biológica. Como cascalense, envergonha-me saber que o município que tem o privilégio de ser casa do TEC não tem a decência de contribuir, ou sequer manifestar preocupação, com a preservação do vastíssimo acervo da Companhia. Não presta o apoio logístico, humano, financeiro ou outro, para que esta (enorme) parte da História cultural do município viva com a dignidade que merece. Do ponto de vista humano e cultural, é lamentável o que (não) se está passar na relação da Câmara Municipal de Cascais com o Teatro Experimental de Cascais. Parabéns, TEC.
Ouço e leio muita indignação. E bem. Pessoas a tomarem posições sobre atrocidades em voga. Elas vêm e vão. Dão depois lugar a outras para que ocupem a ribalta efémera e assim continuem a alimentar as indignações. Ainda alguém se lembra do Afeganistão abandonado pelos EUA há apenas dois anos? E as mulheres no Irão? E a Síria? E tantos outros palcos de desumanidade que já estão no arquivo da vida ultra-rápida e mediática. Stories. Algumas destas histórias chegam a “post”. Duram mais. Outras até dão um “reel”. Mas nenhuma resiste ao implacável “feed” que tem de ser alimentado de novidade. Pergunto-me: estamos todos tão atentos ao que podemos fazer como ao que os outros fazem? Repugnam-me os tiranos que, desprovidos de humanidade, ceifam vidas de inocentes. Repugnam-me com toda a certeza, e contra eles nos devemos insurgir. Mas também me revoltam os indignados, cuspidores de certezas morais e humanistas que dentro de casa negligenciam a forma como os filhos crescem agarrados à teta da agressividade e vazio ético, moral, intelectual e até espiritual. Crianças cujos pais entregaram a responsabilidade da educação dos filhos aos ecrãs. São milhões. Milhões de crianças e jovens por todo o mundo que sofrem de ansiedade, depressão – doenças surdas, castradoras da infância e juventude a que têm direito. Mas não é preciso chegar à depressão. Basta retirar-lhes as condições necessárias para crescerem como indivíduos sensíveis, tolerantes, empáticos, amados e capazes de amar. Que adultos vão ser? Sentamo-nos atrás de teclados a twittar insultos aos tiranos genocidas, e que adultos estamos nós a “produzir”? Máquinas de tirar boas notas, que não chateiem muito, que não se deixem pisar e que escolham uma actividade lucrativa que lhes permita ser alguém na capitolândia. Que responsabilidade estamos dispostos a assumir pelo estado deprimente em que grande parte do mundo se encontra? O que vejo todos os dias à minha volta, é uma forma de terrorismo. (Continua nos comentários)
Então vamos lá esclarecer os pouco esclarecidos: Uma telenovela é uma obra de ficção. Boa, má? Ficção. Um actor é um profissional que interpreta personagens. Bem, mal? Personagens. As coisas que são ditas pelos actores em cena, não representam o que eles pensam ou sentem, mas sim as suas personagens. Quando uma personagem diz que a sua mãe é uma bruxa e devia morrer, por exemplo, seria muito estúpido se a mãe do actor ficasse ofendida e o deserdasse. Concordamos? Podemos criticar uma obra artística, sempre. Mas sempre como obra artística, não como uma coisa pessoal, real, com uma agenda subjacente. O desprezo que a personagem que interpreto na telenovela “Papel Principal”, na Sic, manifestou pelo Futebol Clube do Porto nem sequer tem a ver com o clube em si, mas com o futebol em geral. Até podia ter. Eu podia interpretar uma personagem que detestasse um qualquer clube de futebol. Ou um imbecil que usa as redes socias para ameaçar um actor pelas coisas que a personagem dele diz. Também podia interpretar uma personagem dessas, mas não interpreto. Interpreto esta. Um actor cabotino que não gosta nem liga nada ao futebol e que portanto trata com desprezo tudo o que lhe diga respeito. Faz bem? Faz mal? Não é relevante para o caso. O que é relevante é: aquela pessoa não existe, assim como tudo o que ela diz. Ser feliz é tão bom. É precisamente isso que faço sempre que me desloco ao Porto (cidade que elogio de boca cheia e da qual muitos já me ouviram dizer que é onde mais gosto de fazer teatro, precisamente por causa das pessoas). Procuremos o Amor. É bem mais edificante, acreditem. P.S.: esta foto foi tirada em Maio deste ano – a última vez em que estive no Porto – na livraria mais bonita do Mundo, onde tive a honra de ler um excerto do Principezinho, livro onde podemos encontrar muitas respostas e muitas perguntas. Mas daquelas que valem mesmo a pena. Beijinhos, Porto! P.S.2: Que divertido seria agora receber mensagens com insultos do resto do país por ter dito que é no Porto que mais gosto de fazer Teatro…
Um homem, num palco, a agradecer um prémio. Um ambiente facilmente propício a vaidades, ou ajustes de contas com o passado, promessas para o futuro, reivindicações políticas… mas que ele decide, ignorando a orquestra porta-voz da pressa televisiva, reciclar no mais importante e bonito dos actos: o Amor. Do palco das vaidades dirigiu-se aos filhos, dizendo-lhes que “a lição mais importante da vida é o Amor”. Não conheço a sua música, mas fiquei admirador.
O Salvador Colaço é fixe, não é? . 📷 @salvadorcolaco #globosdeouro2023
70 minutos de jogo cénico entre dois actores. As personagens, essas, debatem-se numa existência conjunta a que não estão de todo habituados. Não digo mais. Venham ver. É no Teatro Aberto. Eu e o Filipe Vargas numa cena criada pelo Álvaro Correia. As palavras, pariu-as o Luís António Coelho. Vinde. @teatroaberto
70 minutos de jogo cénico entre dois actores. As personagens, essas, debatem-se numa existência conjunta a que não estão de todo habituados. Não digo mais. Venham ver. É no Teatro Aberto. Eu e o Filipe Vargas numa cena criada pelo Álvaro Correia. As palavras, pariu-as o Luís António Coelho. Vinde. @teatroaberto