Esse clipe mudou tudo. Eu já tinha lançado o disco Pearl (que contém essa música) há dois anos, mas pouca coisa tinha acontecido. Eu fazia shows para 20, 30 pessoas, quase sempre meus amigos. Mas o clipe caiu nas graças do YouTube e realmente mudou tudo. Durante algum tempo, em qualquer vídeo que você entrasse, aparecia o thumbnail do garotinho no trampolim – de vídeos do Zeca pagodinho a receitas de comida. Eu queria fugir de qualquer clichê romântico. Uma filmagem de casamento ou de um casal separado pela distância seriam as imagens imediatas para ilustrar essa música. Mas o romantismo que habita em mim vive se degladiando com a parte que acha o romantismo cafona. O roteiro foi feito a três mãos, junto da @mottamaira e do @pedroriguetti , e depois de muita quebração de cabeça, chegamos a ideia de que o sentimento essencial dessa música era a falta. O clipe também seria sobre a falta. Um dia na cidade do Rio de Janeiro, acompanhando a presença da falta em tudo que é canto. Todo mundo sente. Todo mundo canta. Tinha acabado de sair da faculdade de cinema. Tava cheio de sonho e de vontade de juntar música e cinema. Durante grande parte da faculdade, na verdade, meu sonho era dirigir clipes, mais até do que cantar. Essa foi a primeira tentativa de juntar as duas coisas. Filmamos tudo isso com seis pessoas. Eu, dirigindo, a @danivllnv , produzindo, e o @tiago.rios e alternando na fotografia com o @guitostes , e direção de arte da @luisapollo com assistência da @__victoriareis . Como a ideia do clipe era alcançar uma linguagem documental, fazia sentido filmar com essa formação enxuta. O clipe tinha duas referências principais: uma cena do filme Magnólia, em que diferentes personagens cantam a mesma música juntos, só que separados. E um clipe surrealista feito nos anos 2000 para Like A Rolling Stone do Bob Dylan, que se passa dentro da programação de uma TV, onde todos os atores e apresentadores estão cantando a música tema. Parece que faz um milhão de anos. Dá saudade. Foi bonito, foi. Foi intenso, foi.
Sempre achei beijo de novela e de filme bonito demais, o que faz deles um pouco feios. O beijo na vida real é meio feio, o que faz dele lindo. Queria tentar captar um beijo de verdade, feio, e que durasse, durasse, até ser constrangedor, como se o espectador estivesse vendo uma intimidade, mais, e por mais tempo do que fosse razoável, até que ficasse lindo de novo. A Adriana topou. Ela encara tudo. Um dia me disse que se errou na vida foi por excesso de coragem. A referência visual era um clipe do Tyler The Creator para Yonkers. Em preto e branco, com um foco estranho que vai e volta, onde ele come uma barata. Ao invés de comer a barata, era como se comêssemos um ao outro. A Adriana gosta do que é perigoso, e a vida é perigosa, e ela gosta da vida, e eu gosto dela.
Hoje é o meu aniversário. Aguardo aquelas mensagens de amor pra fazer um carentão feliz.
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Hoje é o meu aniversário. Aguardo aquelas mensagens de amor pra fazer um carentão feliz.
Ontem vi Fernanda Montenegro lendo trechos de “A Cerimônia do Adeus” de Simone De Beauvoir no teatro. O tempo todo eu só conseguia lembrar de Fernanda Torres encenando “A Casa Dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, poucos meses antes. Existe algo paralelo e misterioso entre esses dois acontecimentos. Para além do fato óbvio de serem mãe e filha, duas atrizes, duas Fernandas, há muitas coincidências e ironias no diálogo entre os textos e a encenação que me fizeram pensar se foram escolhas conscientes das Fernandas, se Deus é um cara gozador que adora brincadeira, ou se eu só estou buscando ver coisa onde não tem. Vamos aos fatos. Uma senhora, do alto de sua velhice, relata, em primeira pessoa, o sabor de sua vida, se dedicando sobretudo ao sabor de suas experiências sexuais – quem amou, quem trepou, quando, como e por quê? – como instrumento para se alcançar o próprio sentido da vida. Essa sinopse que acabei de improvisar toscamente poderia servir tanto para a leitura de Fernandona quanto para o monólogo de Fernandinha. Quando li “A Casa dos Budas Ditosos” (uma ficção travestida de biografia), fiquei pensando em como era inusitada essa premissa de uma velha safada rememorando suas sacanagens, e sempre tentei imaginar de onde João havia tirado essa ideia maluca. Ontem encontrei uma hipótese: lá está a origem, límpida, em Simone De Beauvoir, uma velha safada rememorando suas sacanagens – e que fique claro que aqui tanto velha como safada são exaltações e não deméritos. Não sei se Joao Ubaldo Ribeiro de fato se inspirou nos relatos biográficos de Simone, mas fica aqui minha hipótese. Explicitadas as semelhanças, vamos às diferenças. Uma é francesa. A outra baiana. Uma é a autobiografia de uma mulher. A outra é personagem inventada por um homem. Daí já se desenrolam todas as outras. A de João é verborrágica, escrachada e sem vergonha. Conta detalhes do pau de seus amantes, de como comeu e de como foi comida. Tudo dito com graça baiana. Simone fala também sobre tudo isso, mas implicitamente, sem dar nomes tão claros aos bois, sem criar imagens tão vividas na cabeça de quem ouve. Está tudo ali, sugerido, com elegância francesa. (Continua nos comentari
Ontem vi Fernanda Montenegro lendo trechos de “A Cerimônia do Adeus” de Simone De Beauvoir no teatro. O tempo todo eu só conseguia lembrar de Fernanda Torres encenando “A Casa Dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, poucos meses antes. Existe algo paralelo e misterioso entre esses dois acontecimentos. Para além do fato óbvio de serem mãe e filha, duas atrizes, duas Fernandas, há muitas coincidências e ironias no diálogo entre os textos e a encenação que me fizeram pensar se foram escolhas conscientes das Fernandas, se Deus é um cara gozador que adora brincadeira, ou se eu só estou buscando ver coisa onde não tem. Vamos aos fatos. Uma senhora, do alto de sua velhice, relata, em primeira pessoa, o sabor de sua vida, se dedicando sobretudo ao sabor de suas experiências sexuais – quem amou, quem trepou, quando, como e por quê? – como instrumento para se alcançar o próprio sentido da vida. Essa sinopse que acabei de improvisar toscamente poderia servir tanto para a leitura de Fernandona quanto para o monólogo de Fernandinha. Quando li “A Casa dos Budas Ditosos” (uma ficção travestida de biografia), fiquei pensando em como era inusitada essa premissa de uma velha safada rememorando suas sacanagens, e sempre tentei imaginar de onde João havia tirado essa ideia maluca. Ontem encontrei uma hipótese: lá está a origem, límpida, em Simone De Beauvoir, uma velha safada rememorando suas sacanagens – e que fique claro que aqui tanto velha como safada são exaltações e não deméritos. Não sei se Joao Ubaldo Ribeiro de fato se inspirou nos relatos biográficos de Simone, mas fica aqui minha hipótese. Explicitadas as semelhanças, vamos às diferenças. Uma é francesa. A outra baiana. Uma é a autobiografia de uma mulher. A outra é personagem inventada por um homem. Daí já se desenrolam todas as outras. A de João é verborrágica, escrachada e sem vergonha. Conta detalhes do pau de seus amantes, de como comeu e de como foi comida. Tudo dito com graça baiana. Simone fala também sobre tudo isso, mas implicitamente, sem dar nomes tão claros aos bois, sem criar imagens tão vividas na cabeça de quem ouve. Está tudo ali, sugerido, com elegância francesa. (Continua nos comentari
Ontem vi Fernanda Montenegro lendo trechos de “A Cerimônia do Adeus” de Simone De Beauvoir no teatro. O tempo todo eu só conseguia lembrar de Fernanda Torres encenando “A Casa Dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, poucos meses antes. Existe algo paralelo e misterioso entre esses dois acontecimentos. Para além do fato óbvio de serem mãe e filha, duas atrizes, duas Fernandas, há muitas coincidências e ironias no diálogo entre os textos e a encenação que me fizeram pensar se foram escolhas conscientes das Fernandas, se Deus é um cara gozador que adora brincadeira, ou se eu só estou buscando ver coisa onde não tem. Vamos aos fatos. Uma senhora, do alto de sua velhice, relata, em primeira pessoa, o sabor de sua vida, se dedicando sobretudo ao sabor de suas experiências sexuais – quem amou, quem trepou, quando, como e por quê? – como instrumento para se alcançar o próprio sentido da vida. Essa sinopse que acabei de improvisar toscamente poderia servir tanto para a leitura de Fernandona quanto para o monólogo de Fernandinha. Quando li “A Casa dos Budas Ditosos” (uma ficção travestida de biografia), fiquei pensando em como era inusitada essa premissa de uma velha safada rememorando suas sacanagens, e sempre tentei imaginar de onde João havia tirado essa ideia maluca. Ontem encontrei uma hipótese: lá está a origem, límpida, em Simone De Beauvoir, uma velha safada rememorando suas sacanagens – e que fique claro que aqui tanto velha como safada são exaltações e não deméritos. Não sei se Joao Ubaldo Ribeiro de fato se inspirou nos relatos biográficos de Simone, mas fica aqui minha hipótese. Explicitadas as semelhanças, vamos às diferenças. Uma é francesa. A outra baiana. Uma é a autobiografia de uma mulher. A outra é personagem inventada por um homem. Daí já se desenrolam todas as outras. A de João é verborrágica, escrachada e sem vergonha. Conta detalhes do pau de seus amantes, de como comeu e de como foi comida. Tudo dito com graça baiana. Simone fala também sobre tudo isso, mas implicitamente, sem dar nomes tão claros aos bois, sem criar imagens tão vividas na cabeça de quem ouve. Está tudo ali, sugerido, com elegância francesa. (Continua nos comentari
Ontem vi Fernanda Montenegro lendo trechos de “A Cerimônia do Adeus” de Simone De Beauvoir no teatro. O tempo todo eu só conseguia lembrar de Fernanda Torres encenando “A Casa Dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, poucos meses antes. Existe algo paralelo e misterioso entre esses dois acontecimentos. Para além do fato óbvio de serem mãe e filha, duas atrizes, duas Fernandas, há muitas coincidências e ironias no diálogo entre os textos e a encenação que me fizeram pensar se foram escolhas conscientes das Fernandas, se Deus é um cara gozador que adora brincadeira, ou se eu só estou buscando ver coisa onde não tem. Vamos aos fatos. Uma senhora, do alto de sua velhice, relata, em primeira pessoa, o sabor de sua vida, se dedicando sobretudo ao sabor de suas experiências sexuais – quem amou, quem trepou, quando, como e por quê? – como instrumento para se alcançar o próprio sentido da vida. Essa sinopse que acabei de improvisar toscamente poderia servir tanto para a leitura de Fernandona quanto para o monólogo de Fernandinha. Quando li “A Casa dos Budas Ditosos” (uma ficção travestida de biografia), fiquei pensando em como era inusitada essa premissa de uma velha safada rememorando suas sacanagens, e sempre tentei imaginar de onde João havia tirado essa ideia maluca. Ontem encontrei uma hipótese: lá está a origem, límpida, em Simone De Beauvoir, uma velha safada rememorando suas sacanagens – e que fique claro que aqui tanto velha como safada são exaltações e não deméritos. Não sei se Joao Ubaldo Ribeiro de fato se inspirou nos relatos biográficos de Simone, mas fica aqui minha hipótese. Explicitadas as semelhanças, vamos às diferenças. Uma é francesa. A outra baiana. Uma é a autobiografia de uma mulher. A outra é personagem inventada por um homem. Daí já se desenrolam todas as outras. A de João é verborrágica, escrachada e sem vergonha. Conta detalhes do pau de seus amantes, de como comeu e de como foi comida. Tudo dito com graça baiana. Simone fala também sobre tudo isso, mas implicitamente, sem dar nomes tão claros aos bois, sem criar imagens tão vividas na cabeça de quem ouve. Está tudo ali, sugerido, com elegância francesa. (Continua nos comentari
Obrigado @queremos Obrigado Rio de Janeiro 📸 @peperodriguess e @juliajuazeira
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Hablando sobre o show em Salvador na Concha Acústica dia 31 de Agosto
SALVADOR! HÁ MUITO TEMPO EU SONHO EM PISAR NO PALCO DA CONCHA ACÚSTICA. O SONHO VAI VIRAR REALIDADE. CHAMEM SEUS AMIGOS. CHAMEM SUAS FAMÍLIAS. CHAMEM SEUS CACHORROS E SEUS GATOS. 🎟️ ABERTURA DAS VENDAS: SEXTA FEIRA, DIA 5, ÀS 11h DA MANHÃ 🖼️ Arte do cartaz por @manuellaleal
RUBEL EM SALVADOR | INGRESSOS DISPONÍVEIS | LINK NOS STORIES E NA BIO | BANDA COMPLETA | 14 PESSOAS NO PALCO | VEM QUE VAI SER BONITO
Minha cremosa voltou. Rolezin de domingo com a Zélia
Charada: esse vídeo tem um elemento que remete ao show que vou anunciar amanhã. Qual show vou anunciar amanhã ao meio dia?