O que é para mim o 25 Abril? É saber que vou abraçar a Conceição Matos e o Domingos Abrantes, é comer com eles um gelado nos Restauradores (este ano éramos tanto, e o cansaço, e a ocupação da avenida que não nos deixaram andar, mas imaginámos o sabor do gelado), é fazer promessas a um e a outro, é o Domingos dizer-me que tenho um pensamento leninista-marxista em tudo o que escrevo, é eles saberem que não sou militante, mas que não traio (ou tento não trair) os valores pelos quais lutaram e a quem devo a minha vida (a eles e a alguns outros). Anos presos. Anos de luta. Anos de humilhação (os pides a quererem que ela dobrasse, usando as fezes e a menstruação para a humilhar, e ela: nada). Estarei à vossa altura? Quem me dera poder sempre dizer-vos: não falei, não me vergaram. O meu 25 é saber que os encontro na avenida e que este ano há uma oliveira chamada Conceição. Daqui a 50 anos não estaremos, mas hoje gritámos juntos: 25 Abril sempre, fascismo nunca mais!
Ignorância minha: não conhecia as enfermeiras paraquedistas. Porém, ao anunciar que a convidada d’ Os Filhos da Madrugada do dia 25 de Abril é uma militar, e afirmar que esta carreira lhe estava vedada antes da Revolução, implicitamente queria dizer isto: podia esta mulher, mãe de uma menina de 7 anos, ter esta patente antes do 25 de Abril? Nos muitos comentários, detectei, além do esclarecimento e correcção, sinais de um machismo enraizado. Sim, é inexacto dizer que não havia mulheres na carreira militar. Mas qual era o seu lugar? O tradicional papel da cuidadora. Quais eram as suas possibilidades de evoluir e ter um estatuto semelhante ao do homem? Tanto quanto sei, nulas. Já nas temporadas anteriores convidei mulheres que não podiam ter a profissão que têm antes do 25: magistrada e diplomata. A convidada do dia 25 tem este sorriso luminoso, chama-se Diana Branco Morais. A fotografia que regista a alegria do encontro é da Estelle Valente, minutos antes de começarmos a gravar.
A escritora Lídia Jorge descreveu de forma poética e rigorosa o que aconteceu há 50 anos: passou por nós o anjo da alegria. Poucas horas antes dessa passagem, foram ditas palavras célebres por Salgueiro Maia. “Como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos.” E acabaram. E começou um tempo de que todos somos herdeiros, devedores e cúmplices e que permitiu a pessoas como a minha entrevistada ter a vida que tem. É militar, forma singela deste programa de prestar tributo aos Capitães de Abril. Chama-se Diana Branco Morais, é tenente-coronel do exército, nasceu em 1978, em Viana do Castelo. Os Filhos da Madrugada, 25 Abril, RTP3, 20h Fotografias de Estelle Valente
A escritora Lídia Jorge descreveu de forma poética e rigorosa o que aconteceu há 50 anos: passou por nós o anjo da alegria. Poucas horas antes dessa passagem, foram ditas palavras célebres por Salgueiro Maia. “Como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos.” E acabaram. E começou um tempo de que todos somos herdeiros, devedores e cúmplices e que permitiu a pessoas como a minha entrevistada ter a vida que tem. É militar, forma singela deste programa de prestar tributo aos Capitães de Abril. Chama-se Diana Branco Morais, é tenente-coronel do exército, nasceu em 1978, em Viana do Castelo. Os Filhos da Madrugada, 25 Abril, RTP3, 20h Fotografias de Estelle Valente
A escritora Lídia Jorge descreveu de forma poética e rigorosa o que aconteceu há 50 anos: passou por nós o anjo da alegria. Poucas horas antes dessa passagem, foram ditas palavras célebres por Salgueiro Maia. “Como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos.” E acabaram. E começou um tempo de que todos somos herdeiros, devedores e cúmplices e que permitiu a pessoas como a minha entrevistada ter a vida que tem. É militar, forma singela deste programa de prestar tributo aos Capitães de Abril. Chama-se Diana Branco Morais, é tenente-coronel do exército, nasceu em 1978, em Viana do Castelo. Os Filhos da Madrugada, 25 Abril, RTP3, 20h Fotografias de Estelle Valente
A escritora Lídia Jorge descreveu de forma poética e rigorosa o que aconteceu há 50 anos: passou por nós o anjo da alegria. Poucas horas antes dessa passagem, foram ditas palavras célebres por Salgueiro Maia. “Como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos.” E acabaram. E começou um tempo de que todos somos herdeiros, devedores e cúmplices e que permitiu a pessoas como a minha entrevistada ter a vida que tem. É militar, forma singela deste programa de prestar tributo aos Capitães de Abril. Chama-se Diana Branco Morais, é tenente-coronel do exército, nasceu em 1978, em Viana do Castelo. Os Filhos da Madrugada, 25 Abril, RTP3, 20h Fotografias de Estelle Valente
A escritora Lídia Jorge descreveu de forma poética e rigorosa o que aconteceu há 50 anos: passou por nós o anjo da alegria. Poucas horas antes dessa passagem, foram ditas palavras célebres por Salgueiro Maia. “Como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos.” E acabaram. E começou um tempo de que todos somos herdeiros, devedores e cúmplices e que permitiu a pessoas como a minha entrevistada ter a vida que tem. É militar, forma singela deste programa de prestar tributo aos Capitães de Abril. Chama-se Diana Branco Morais, é tenente-coronel do exército, nasceu em 1978, em Viana do Castelo. Os Filhos da Madrugada, 25 Abril, RTP3, 20h Fotografias de Estelle Valente
O que é que o seu corpo diz da revolução? Meio africano, meio brasileiro, e um rapaz que cresceu na Moita, Alex D’Alva Teixeira é músico, nasceu em 1990 em Angola e nunca visitou esse seu lugar-berço. Cresceu na margem sul, teve sucesso cedo com o projecto D’Alva, em 2019 assumiu publicamente a sua homossexualidade. Diz que a música é pop, mas a sua atitude é punk. Alex D’ Alva Teixeira, músico, 1990 Os Filhos da Madrugada, 24 Abril, 20h, RTP3 Fotografias de Estelle Valente
O que é que o seu corpo diz da revolução? Meio africano, meio brasileiro, e um rapaz que cresceu na Moita, Alex D’Alva Teixeira é músico, nasceu em 1990 em Angola e nunca visitou esse seu lugar-berço. Cresceu na margem sul, teve sucesso cedo com o projecto D’Alva, em 2019 assumiu publicamente a sua homossexualidade. Diz que a música é pop, mas a sua atitude é punk. Alex D’ Alva Teixeira, músico, 1990 Os Filhos da Madrugada, 24 Abril, 20h, RTP3 Fotografias de Estelle Valente
O que é que o seu corpo diz da revolução? Meio africano, meio brasileiro, e um rapaz que cresceu na Moita, Alex D’Alva Teixeira é músico, nasceu em 1990 em Angola e nunca visitou esse seu lugar-berço. Cresceu na margem sul, teve sucesso cedo com o projecto D’Alva, em 2019 assumiu publicamente a sua homossexualidade. Diz que a música é pop, mas a sua atitude é punk. Alex D’ Alva Teixeira, músico, 1990 Os Filhos da Madrugada, 24 Abril, 20h, RTP3 Fotografias de Estelle Valente
O que é que o seu corpo diz da revolução? Meio africano, meio brasileiro, e um rapaz que cresceu na Moita, Alex D’Alva Teixeira é músico, nasceu em 1990 em Angola e nunca visitou esse seu lugar-berço. Cresceu na margem sul, teve sucesso cedo com o projecto D’Alva, em 2019 assumiu publicamente a sua homossexualidade. Diz que a música é pop, mas a sua atitude é punk. Alex D’ Alva Teixeira, músico, 1990 Os Filhos da Madrugada, 24 Abril, 20h, RTP3 Fotografias de Estelle Valente
O que é que o seu corpo diz da revolução? Meio africano, meio brasileiro, e um rapaz que cresceu na Moita, Alex D’Alva Teixeira é músico, nasceu em 1990 em Angola e nunca visitou esse seu lugar-berço. Cresceu na margem sul, teve sucesso cedo com o projecto D’Alva, em 2019 assumiu publicamente a sua homossexualidade. Diz que a música é pop, mas a sua atitude é punk. Alex D’ Alva Teixeira, músico, 1990 Os Filhos da Madrugada, 24 Abril, 20h, RTP3 Fotografias de Estelle Valente
A sua paixão: resolver problemas com tecnologia. Coisas que fez: desenhar o robot digital que responde a pessoas na Booking.com, uma das maiores empresas do mundo. Diogo Teles estudou engenharia informática em Aveiro, começou por ser programador, pensa novas linguagens informáticas, está fascinado com a inteligência artificial, que considera um acontecimento histórico. Nasceu no Ribatejo, viveu na Holanda, voltou para Portugal. É casado e tem dois filhos. Os Filhos da Madrugada, Diogo Teles, informático, 1986 RTP3, 26 Abril Fotografias de Estelle Valente
A sua paixão: resolver problemas com tecnologia. Coisas que fez: desenhar o robot digital que responde a pessoas na Booking.com, uma das maiores empresas do mundo. Diogo Teles estudou engenharia informática em Aveiro, começou por ser programador, pensa novas linguagens informáticas, está fascinado com a inteligência artificial, que considera um acontecimento histórico. Nasceu no Ribatejo, viveu na Holanda, voltou para Portugal. É casado e tem dois filhos. Os Filhos da Madrugada, Diogo Teles, informático, 1986 RTP3, 26 Abril Fotografias de Estelle Valente
A sua paixão: resolver problemas com tecnologia. Coisas que fez: desenhar o robot digital que responde a pessoas na Booking.com, uma das maiores empresas do mundo. Diogo Teles estudou engenharia informática em Aveiro, começou por ser programador, pensa novas linguagens informáticas, está fascinado com a inteligência artificial, que considera um acontecimento histórico. Nasceu no Ribatejo, viveu na Holanda, voltou para Portugal. É casado e tem dois filhos. Os Filhos da Madrugada, Diogo Teles, informático, 1986 RTP3, 26 Abril Fotografias de Estelle Valente
Graça Nascimento, 50 anos, feitos há uns dias, aquando das eleições de 10 de março. É casada, tem filhos rapazes, é professora e sindicalista. Licenciou-se em Ensino Básico, variante Matemática e Ciências Naturais, participou em projectos de educação de adultos no final dos anos 90, no Alentejo. Os adultos tinham entre 50 e 70 anos e queriam aprender a ler e a escrever. Quando a convidei para Os Filhos da Madrugada, respondeu: eu tenho uma vida normalíssima. Mas, como sabemos, todas as vidas são normalíssimas e muito particulares. Os Filhos da Madrugada RTP3, 5 Maio, 20h Fotografias Estelle Valente
Graça Nascimento, 50 anos, feitos há uns dias, aquando das eleições de 10 de março. É casada, tem filhos rapazes, é professora e sindicalista. Licenciou-se em Ensino Básico, variante Matemática e Ciências Naturais, participou em projectos de educação de adultos no final dos anos 90, no Alentejo. Os adultos tinham entre 50 e 70 anos e queriam aprender a ler e a escrever. Quando a convidei para Os Filhos da Madrugada, respondeu: eu tenho uma vida normalíssima. Mas, como sabemos, todas as vidas são normalíssimas e muito particulares. Os Filhos da Madrugada RTP3, 5 Maio, 20h Fotografias Estelle Valente
Graça Nascimento, 50 anos, feitos há uns dias, aquando das eleições de 10 de março. É casada, tem filhos rapazes, é professora e sindicalista. Licenciou-se em Ensino Básico, variante Matemática e Ciências Naturais, participou em projectos de educação de adultos no final dos anos 90, no Alentejo. Os adultos tinham entre 50 e 70 anos e queriam aprender a ler e a escrever. Quando a convidei para Os Filhos da Madrugada, respondeu: eu tenho uma vida normalíssima. Mas, como sabemos, todas as vidas são normalíssimas e muito particulares. Os Filhos da Madrugada RTP3, 5 Maio, 20h Fotografias Estelle Valente
Viva o Dia do Livro! Vejam a lista de autores de língua portuguesa que vão estar no FeLiCidade (4 e 5 Maio, CCB), por ordem de entrada em cena (entrada livre): Nas Conversas: Daniel Munduruku Francisco Bethencourt Mário Lúcio Sousa Ana Margarida de Carvalho Germano Almeida Luís Cardoso Joana Bértholo José Eduardo Agualusa Socorro Acioli Noemi Jaffe Susana Moreira Marques Telma Tvon Andréa del Fuego Conceição Lima Isabela Figueiredo Capicua Eucanaã Ferraz José Luiz Tavares João Tordo Ondjaki Rafael Gallo Frederico Pedreira Geovani Martins Joaquim Arena Hélia Correia Leda Maria Martins Luísa Semedo Dulce Maria Cardoso Gisela Casimiro Tatiana Salem Levy Moderadores: Bárbara Reis Pedro Vieira Pedro Santos Guerreiro Sheila Khan Joana Gorjão Henriques Nuno Artur Silva Inês Meneses Inês Fonseca Santos Helena Teixeira da Silva Nas aulas: Frederico Lourenço Joana Matos Frias Eliane Robert Moraes Pedro Duarte Maria Antónia Oliveira Inocência Mata Ana Mafalda Leite Joana Meirim Fernando Cabral Martins João Constâncio e Luísa Buarque Carlos Mendes de Sousa Abel Barros Baptista Mariana Pinto dos Santos António Baião Joacine Katar Moreira Cursos Breves Gonçalo M. Tavares Djaimilia Pereira de Almeida Recreio Filipe Heath e Elga Fontes Glossários André Tecedeiro e Laura Falésia Inês Ferreira Leite Visitas Espaciais Ricardo Bak Gordon Elsa Peralta Lançamentos Joao Pina Miguel Bandeira Jerónimo Aurora André Barata Catarina Gomes Patrícia Reis Anna Klobucka Marco Roque Petra Preta Esta parte da programação é minha e do André e. Teodósio. Mas há muito mais. No site encontram tudo. Venham!
Ontem não foi possível emitir Os Filhos da Madrugada na RTP3, ainda que o programa tenha sido exibido na RTP Play. Pedimos desculpa. O programa anunciado, com a cientista Susana Cerqueira, vai ser emitido dia 3 Maio. Fotografia de Estelle Valente.
Pontos nucleares da sua cartografia: Minho, Europa, Miami, Carolina do Sul. Errância, experimentação, um corpo que dança e assim se exprime, persistência, foco são palavras chave para Susana Cerqueira, cientista. No começo estava a Biologia e um bom professor do ensino secundário. E estava o ballet. Neste ponto do caminho, vive nos Estados Unidos, está uma procura: desenvolver soluções terapêuticas para problemas neurológicos. Nasceu em 1983. Os Filhos da Madrugada, 3 Maio, RTP3, 20h. Fotografias de Estelle Valente.
Pontos nucleares da sua cartografia: Minho, Europa, Miami, Carolina do Sul. Errância, experimentação, um corpo que dança e assim se exprime, persistência, foco são palavras chave para Susana Cerqueira, cientista. No começo estava a Biologia e um bom professor do ensino secundário. E estava o ballet. Neste ponto do caminho, vive nos Estados Unidos, está uma procura: desenvolver soluções terapêuticas para problemas neurológicos. Nasceu em 1983. Os Filhos da Madrugada, 3 Maio, RTP3, 20h. Fotografias de Estelle Valente.
Pontos nucleares da sua cartografia: Minho, Europa, Miami, Carolina do Sul. Errância, experimentação, um corpo que dança e assim se exprime, persistência, foco são palavras chave para Susana Cerqueira, cientista. No começo estava a Biologia e um bom professor do ensino secundário. E estava o ballet. Neste ponto do caminho, vive nos Estados Unidos, está uma procura: desenvolver soluções terapêuticas para problemas neurológicos. Nasceu em 1983. Os Filhos da Madrugada, 3 Maio, RTP3, 20h. Fotografias de Estelle Valente.
Pontos nucleares da sua cartografia: Minho, Europa, Miami, Carolina do Sul. Errância, experimentação, um corpo que dança e assim se exprime, persistência, foco são palavras chave para Susana Cerqueira, cientista. No começo estava a Biologia e um bom professor do ensino secundário. E estava o ballet. Neste ponto do caminho, vive nos Estados Unidos, está uma procura: desenvolver soluções terapêuticas para problemas neurológicos. Nasceu em 1983. Os Filhos da Madrugada, 3 Maio, RTP3, 20h. Fotografias de Estelle Valente.