Autor frenético, cresceu entre Portugal e o Mundo, e pelo caminho apaixonou-se por desfazer dogmas “É esse o meu trabalho”, diz. Músico, cantor, actor, encenador, e há quem diga que excêntrico, é um amigo leal. O que é o Teatro? Shakespeare interessa? Porque é que os ursos norte-americanos roubam gomas das lojas de conveniência? Tantas perguntas. Venha ouvir algumas respostas no “Debaixo da Língua” mais imprevisível de sempre. #radiocomercial
“Some people when they hear your story, contract. others upon hearing your story, expand. And this is how you know.” – Nayyirah Waheed O “Debaixo da Língua” festeja hoje um ano de existência. E mantenho algumas das minhas máximas. Não invadir quem não quer ser invadido. Não “mansplain”. Errar. Dizer disparates. Procurar escutar mais do que falar. Preparar-me, mas não em demasia. Em geral, ser doce mesmo que isso, por estes dias, esteja pelas ruas da amargura. Já aconteceram 49 episódios com visitas de pessoas que sempre quis conhecer, e outras que reencontrei no pós-pandemia. O que, parecendo que não, quer dizer mais do que menos. Porque sou, no fundo, um chato que namora a ideia de não ter preconceitos, costumo perguntar no final dos episódios: “O que é que tens “Debaixo da Língua”? As respostas variam. Já ouvi “sonho”. “Amor”. “Tudo o aquilo que gostaria de dizer mas que não digo”. Ninguém murmurou “medo”. “Medo” tem sido o que tenho ouvido ao telefone, a sair da boca de amigos, de artistas, de pessoas próximas LGBTI . “Tenho medo, mas cá estaremos”. “Não sei o que vai acontecer.” “Sinto que vou ter de me defender na rua”. Nos últimos dias, tenho recebido mais comentários insidiosos. Seja pelo que visto na vida e no trabalho, ou porque sou gay e estou em antena na Rádio mais ouvida do país. Tudo isto deve ser coincidência, claro. Falta um mês e uns cravos para celebrarmos os 50 anos do 25 de Abril, e mais do que nunca, é crucial lembrar a memória de quem foi torturado pela PIDE, o pesadelo do controlo das liberdades individuais, a perseguição dos homossexuais, o racismo estrutural, o horror da guerra colonial, o colonialismo, a dimensão doentia das ditaduras nos detalhes mais íntimos da esfera privada. As mortes das mulheres depois dos abortos clandestinos. As marcas de cigarros na pele dos presos políticos. A vergonha. Os partidos únicos. O culto do líder. O analfabetismo. A ausência de direitos políticos e sociais das mulheres. Não podemos ceder perante bisarmas invisíveis ou ficar presos a umas imensas bolas de ferro que impeçam que avancemos e que tenhamos coragem. Há que soltar o que temos “Debaixo da Língua”, mesmo que isso cause arrepios. 👇🏻
“Some people when they hear your story, contract. others upon hearing your story, expand. And this is how you know.” – Nayyirah Waheed O “Debaixo da Língua” festeja hoje um ano de existência. E mantenho algumas das minhas máximas. Não invadir quem não quer ser invadido. Não “mansplain”. Errar. Dizer disparates. Procurar escutar mais do que falar. Preparar-me, mas não em demasia. Em geral, ser doce mesmo que isso, por estes dias, esteja pelas ruas da amargura. Já aconteceram 49 episódios com visitas de pessoas que sempre quis conhecer, e outras que reencontrei no pós-pandemia. O que, parecendo que não, quer dizer mais do que menos. Porque sou, no fundo, um chato que namora a ideia de não ter preconceitos, costumo perguntar no final dos episódios: “O que é que tens “Debaixo da Língua”? As respostas variam. Já ouvi “sonho”. “Amor”. “Tudo o aquilo que gostaria de dizer mas que não digo”. Ninguém murmurou “medo”. “Medo” tem sido o que tenho ouvido ao telefone, a sair da boca de amigos, de artistas, de pessoas próximas LGBTI . “Tenho medo, mas cá estaremos”. “Não sei o que vai acontecer.” “Sinto que vou ter de me defender na rua”. Nos últimos dias, tenho recebido mais comentários insidiosos. Seja pelo que visto na vida e no trabalho, ou porque sou gay e estou em antena na Rádio mais ouvida do país. Tudo isto deve ser coincidência, claro. Falta um mês e uns cravos para celebrarmos os 50 anos do 25 de Abril, e mais do que nunca, é crucial lembrar a memória de quem foi torturado pela PIDE, o pesadelo do controlo das liberdades individuais, a perseguição dos homossexuais, o racismo estrutural, o horror da guerra colonial, o colonialismo, a dimensão doentia das ditaduras nos detalhes mais íntimos da esfera privada. As mortes das mulheres depois dos abortos clandestinos. As marcas de cigarros na pele dos presos políticos. A vergonha. Os partidos únicos. O culto do líder. O analfabetismo. A ausência de direitos políticos e sociais das mulheres. Não podemos ceder perante bisarmas invisíveis ou ficar presos a umas imensas bolas de ferro que impeçam que avancemos e que tenhamos coragem. Há que soltar o que temos “Debaixo da Língua”, mesmo que isso cause arrepios. 👇🏻
“Some people when they hear your story, contract. others upon hearing your story, expand. And this is how you know.” – Nayyirah Waheed O “Debaixo da Língua” festeja hoje um ano de existência. E mantenho algumas das minhas máximas. Não invadir quem não quer ser invadido. Não “mansplain”. Errar. Dizer disparates. Procurar escutar mais do que falar. Preparar-me, mas não em demasia. Em geral, ser doce mesmo que isso, por estes dias, esteja pelas ruas da amargura. Já aconteceram 49 episódios com visitas de pessoas que sempre quis conhecer, e outras que reencontrei no pós-pandemia. O que, parecendo que não, quer dizer mais do que menos. Porque sou, no fundo, um chato que namora a ideia de não ter preconceitos, costumo perguntar no final dos episódios: “O que é que tens “Debaixo da Língua”? As respostas variam. Já ouvi “sonho”. “Amor”. “Tudo o aquilo que gostaria de dizer mas que não digo”. Ninguém murmurou “medo”. “Medo” tem sido o que tenho ouvido ao telefone, a sair da boca de amigos, de artistas, de pessoas próximas LGBTI . “Tenho medo, mas cá estaremos”. “Não sei o que vai acontecer.” “Sinto que vou ter de me defender na rua”. Nos últimos dias, tenho recebido mais comentários insidiosos. Seja pelo que visto na vida e no trabalho, ou porque sou gay e estou em antena na Rádio mais ouvida do país. Tudo isto deve ser coincidência, claro. Falta um mês e uns cravos para celebrarmos os 50 anos do 25 de Abril, e mais do que nunca, é crucial lembrar a memória de quem foi torturado pela PIDE, o pesadelo do controlo das liberdades individuais, a perseguição dos homossexuais, o racismo estrutural, o horror da guerra colonial, o colonialismo, a dimensão doentia das ditaduras nos detalhes mais íntimos da esfera privada. As mortes das mulheres depois dos abortos clandestinos. As marcas de cigarros na pele dos presos políticos. A vergonha. Os partidos únicos. O culto do líder. O analfabetismo. A ausência de direitos políticos e sociais das mulheres. Não podemos ceder perante bisarmas invisíveis ou ficar presos a umas imensas bolas de ferro que impeçam que avancemos e que tenhamos coragem. Há que soltar o que temos “Debaixo da Língua”, mesmo que isso cause arrepios. 👇🏻
Hoje, e aqui, faz um mês desde que saímos de Reims, em França, última paragem da École des Maîtres, um acontecimento anual que junta dezasseis actores, de quatro países, e um mestre consagrado, na criação de um exercício teatral que viaje por várias cidades. É um feito porque num tempo em que pouco dura, este encontro repete-se há 31 anos. A École foi um solo com várias camadas, como aquelas imagens nos livros de ciências, neste caso, em três línguas diferentes, e com demasiados mosquitos como plateia. Comove-me muito lembrar as pessoas que conheci, e a ideia de que há outra língua que mora entre as pessoas que se compreendem. Nada tem a ver com usarmos verbos que têm o mesmo som, ou letras que juntas parecem querer dizer a mesma coisa; aquilo que sentimos ecoa em quem está disponível para perceber, mesmo que pelo meio haja muita estática e várias caretas. Ainda vou na infância da minha vida artística para arremessar certezas – péssima ideia em qualquer ponto da escala -, mas acho processos assim cruciais para nos ouvirmos, sobretudo num tempo em que a sombra de que, no fundo, somos todos ilhas distantes, ganha força a cada nova segunda-feira. Não escrevi antes porque o nosso fim coincidiu com o recomeço dos pesadelos em Israel e na Palestina, e pareceu-me incompatível. Jamais vou esquecer mes 15 amigos; as minhas calças rasgadas, os beijos e as gargalhadas, as quedas de bicicleta, e a beleza do que se consegue inventar quando escolhemos falar, mesmo sem as palavras certas. Merci, Grazie, obrigado a todes. Amei fazer a École des Maîtres convosco. ❤️ To my friends: I adore you and will never forget all the beautiful hardships we overcame together. What an extraordinary ride. Your talent, persistence and strength have nourished me more than you know! I miss you deeply. Gracias por esta experiência @marcialdifonzobo , merci @mariannesegol Artur, Sonia, Serena, Helena, Lucas, Stanley, Tomas e Alexandre. Obrigado @tndmii @teatroacademicodegilvicente e um abraço intenso ao contingente português cheio de talentos brilhantes @carolinagsl @mariana.sm e o melhor roommate @baptistamspedro (desculpa ter ressonado). ❤️
Hoje, e aqui, faz um mês desde que saímos de Reims, em França, última paragem da École des Maîtres, um acontecimento anual que junta dezasseis actores, de quatro países, e um mestre consagrado, na criação de um exercício teatral que viaje por várias cidades. É um feito porque num tempo em que pouco dura, este encontro repete-se há 31 anos. A École foi um solo com várias camadas, como aquelas imagens nos livros de ciências, neste caso, em três línguas diferentes, e com demasiados mosquitos como plateia. Comove-me muito lembrar as pessoas que conheci, e a ideia de que há outra língua que mora entre as pessoas que se compreendem. Nada tem a ver com usarmos verbos que têm o mesmo som, ou letras que juntas parecem querer dizer a mesma coisa; aquilo que sentimos ecoa em quem está disponível para perceber, mesmo que pelo meio haja muita estática e várias caretas. Ainda vou na infância da minha vida artística para arremessar certezas – péssima ideia em qualquer ponto da escala -, mas acho processos assim cruciais para nos ouvirmos, sobretudo num tempo em que a sombra de que, no fundo, somos todos ilhas distantes, ganha força a cada nova segunda-feira. Não escrevi antes porque o nosso fim coincidiu com o recomeço dos pesadelos em Israel e na Palestina, e pareceu-me incompatível. Jamais vou esquecer mes 15 amigos; as minhas calças rasgadas, os beijos e as gargalhadas, as quedas de bicicleta, e a beleza do que se consegue inventar quando escolhemos falar, mesmo sem as palavras certas. Merci, Grazie, obrigado a todes. Amei fazer a École des Maîtres convosco. ❤️ To my friends: I adore you and will never forget all the beautiful hardships we overcame together. What an extraordinary ride. Your talent, persistence and strength have nourished me more than you know! I miss you deeply. Gracias por esta experiência @marcialdifonzobo , merci @mariannesegol Artur, Sonia, Serena, Helena, Lucas, Stanley, Tomas e Alexandre. Obrigado @tndmii @teatroacademicodegilvicente e um abraço intenso ao contingente português cheio de talentos brilhantes @carolinagsl @mariana.sm e o melhor roommate @baptistamspedro (desculpa ter ressonado). ❤️
Hoje, e aqui, faz um mês desde que saímos de Reims, em França, última paragem da École des Maîtres, um acontecimento anual que junta dezasseis actores, de quatro países, e um mestre consagrado, na criação de um exercício teatral que viaje por várias cidades. É um feito porque num tempo em que pouco dura, este encontro repete-se há 31 anos. A École foi um solo com várias camadas, como aquelas imagens nos livros de ciências, neste caso, em três línguas diferentes, e com demasiados mosquitos como plateia. Comove-me muito lembrar as pessoas que conheci, e a ideia de que há outra língua que mora entre as pessoas que se compreendem. Nada tem a ver com usarmos verbos que têm o mesmo som, ou letras que juntas parecem querer dizer a mesma coisa; aquilo que sentimos ecoa em quem está disponível para perceber, mesmo que pelo meio haja muita estática e várias caretas. Ainda vou na infância da minha vida artística para arremessar certezas – péssima ideia em qualquer ponto da escala -, mas acho processos assim cruciais para nos ouvirmos, sobretudo num tempo em que a sombra de que, no fundo, somos todos ilhas distantes, ganha força a cada nova segunda-feira. Não escrevi antes porque o nosso fim coincidiu com o recomeço dos pesadelos em Israel e na Palestina, e pareceu-me incompatível. Jamais vou esquecer mes 15 amigos; as minhas calças rasgadas, os beijos e as gargalhadas, as quedas de bicicleta, e a beleza do que se consegue inventar quando escolhemos falar, mesmo sem as palavras certas. Merci, Grazie, obrigado a todes. Amei fazer a École des Maîtres convosco. ❤️ To my friends: I adore you and will never forget all the beautiful hardships we overcame together. What an extraordinary ride. Your talent, persistence and strength have nourished me more than you know! I miss you deeply. Gracias por esta experiência @marcialdifonzobo , merci @mariannesegol Artur, Sonia, Serena, Helena, Lucas, Stanley, Tomas e Alexandre. Obrigado @tndmii @teatroacademicodegilvicente e um abraço intenso ao contingente português cheio de talentos brilhantes @carolinagsl @mariana.sm e o melhor roommate @baptistamspedro (desculpa ter ressonado). ❤️
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